segunda-feira, 29 de abril de 2013

Currículo básico de matemática ao aluno com Deficiência Intelectual

  • Reconhecimento do numeral: discriminação visual; nomeação; equivalência entre nome, ditado e numeral;
  • Quantidade: mais, menos, muito, pouco, maior, menor, verificar o contexto que se usa;
  • Discriminação de quantidades e equivalência numeral - quantidade;
  • A consevação de quantidades discretas e contínuas;
  • Ordenação: antes, depois, meio, primeiro, ultimo, segundo, terceiro, etc.
  • Agrupamento em diferentes situações
  • Contagem: recitar sequência numérica, relacionar cada membro da sequência numérica a um objeto contado (relação termo a termo); cardinação; irrelevância da ordem de contagem; generalização da contagem;
  • Desagrupar, compor, decompor quantidades;
  • Reconhecimentos dos símbolos básicos para as operações de soma e subtração;
  • Situações que envolvem soma e subtração: balança, pequenas histórias, representação;
  • Situações que envolvem a aplicação de soma e subtração;
  • Idem para a multiplicação e divisão;
Matéria referente a aula do dia: 25/04/2013
Fonte: CARMO, J. S. 2013 

Aprendizagem da matemática e deficiência intelectual

  • Não equivalência entre deficiência e incapacidade
  • Importância do conhecimento do repertório individual e das necessidades de adaptação curricular;
  • "Quebrar" as unidades de ensino em unidades menores;
  • Construção passo a passo de habilidades básicas;
  • Produzir recursos adaptados para o aluno;
  • Progressão gradual nos conteúdos e nas exigências;
  • Passar ao proximo tópico após ter aprendido a anterior;
  • Seguir o ritmo próprio do aluno (velocidade de processamento, tempo de execução)
  • Ajuda individualizada (professor e/ou monitores)
  • Iniciar cada encontro revendo o tópico anterior;
  • Anunciar claramente os objetivos de aprendizagem;
  • Realizar avaliações a cada encontro;
  • Finalizar cada encontro com a retomada dos tópicos principais;
  • Estar atento aos "erros" com oportunidade de ação pedagógica;
  • Reforço social é fundamental;
  • Orientação á familia: acompanhamento em casa e reuniões periódicas;
  • Orientações á comunidade escolar;
  • Uso de materiais concretos;
  • Atividades que permitam o sucesso e a aplicação a situações vivenciadas no cotidiano do aluno (generalização/ transferência de aprendizagem)
  • Desenvolvimento afetivo e desenvolvimento cognitivo: dois processos inseparáveis;
  • Afetividade - manifestar de afeto (positivo ou negativo). Na aprendizagem = afetividade assertividade (sim e o não, muito claro); Estar presente e vibrar com a aprendizagem do aluno.

Matéria referente a aula do dia: 25/04/2013
Fonte: CARMO, J. S. 2013 

Deficiência Intelectual, o que é?


Expressão ampla e inadequada.
Ampla - acadêmica/adaptalidade
Inadequada - por se tratar da inteligência.

Matéria referente a aula do dia: 25/04/2013
Fonte: CARMO, J. S. 2013

Habilidade Matemáticas

Senso numérico: habilidade de identificar mudanças em pequenas coleções de objetos (adição ou subtração de um objeto); comparar os tamanhos de duas coleções apresentadas simultaneamente; recordar a quantidade de objetos apresentados sucessivamente; estimar quantidades.
Subitizar: uma habilidade particular que faz parte do senso numérico; Espécies diferentes apresentam níveis de sofisticação do senso numérico.
  • Sensibilidade á mudanças na numerosidade até cerca de quatro elementos (objetos, tons). Tarefas de habituação em bebês
  • Capacidade de discriminação, de súbito, a quantidade de objetos (neste caso envolve nomeação, e portanto, envolve pratica cultural)
  • Capacidade de estimar a quantidade de elementos de uma coleção acima de cinco objetos (variáveis cruciais: tipo de elemento, distribuição espacial, espaçamento entre os elementos)
  • não é porque a pessoa é deficiente que ela não apresenta bases genéticas;
  • pode repensar a forma de ensino para essa pessoa. estimular a base filogenética.
O Senso numérico pode ser inato ou adquirido.

Correlações neurobiológicas
  • Senso numérico é uma "faculdade" encontrada em animais, bebês humanos e em diferentes idades dos humanos;
  • Independente da linguagem, mas esta possibilita representação simbólica.
  • Representações numéricas não verbais envolvem uma ampla rede cortical, sendo o córtex pré frontal e o sulco intraparietal esquerdo as estruturas-chaves;
  • os neuronios nestas áreas estão na base de fenômenos psicofisicos em animais e bebês humanos (julgamento de numerosidade e ordem)
  • habilidades não verbais estão na base das transformações qualitativas e quantitativas tão logo as crianças aprendem a relacionar tais transformações a linguagem;
  •  Aquisição de "ferramentas numéricas" (símbolos numéricos e palavras numero), regras transmitidas culturalmente e competência numérica verbal estão na base das habilidades lógicas e matemáticas complexas;
Contextos culturais diversificados para o uso de palavras numeros
Usos em contextos diferentes
- inicialmente são contextos separados que, gradualmente, tornam-se conectados: uma só palavra - numero pode estar relacionada a um ou mais contextos simultaneamente. estas diferentes relações e aquisições são tipicamente estabelecidas em um amplo período de tempo em nossa espécie e é dependente das experiências culturais.
- as habilidades numéricas e conceituais são diferentes em função das experiências culturais;

Matéria referente a aula do dia: 23/04/2013
Fonte: CARMO, J. S. 2013

domingo, 28 de abril de 2013

Observações de tudo que relatamos

Na aula do dia 16/04, participamos de uma aula dinâmina.
Deveríamos formar 2 rodas:
- para os alunos anotarem as observações;
- para os alunos debatarem sobre os conteúdos até então aprendidos;
Essas rodas de conversa e obsevação, realizavam rodízios, de forma que todos os alunos participariam, seja anotando, seja debatendo.

Durante essa aula dinâmica, foram retomados os conteúdos:
  • Matemática - uma ferramenta social, ensino tradicional, controle aversivo, alternativas de ensino; 
  • Aritmética;
  • Discalculia;
  • Acalculia;
  • Ansiedade á matemática;
  • Síndrome da resposta correta
  • Definições;
  • Manifestações em sala de aula;
  • encaminhamentos possíveis;
  • intervenções;

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Pink Floyd - Escola Tradicional


Clipe da música "Another Brick In The Wall". Este clipe traz perfeitamente a educação tradicional, onde o professor é o maior responsável dentro da sala de aula e todos os alunos devem respeita-lo. Como também a revolta dos alunos contra o controle aversivo (punição) do professor.



Another Brick In The Wall, Part 2

We don't need no education
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey! Teacher! Leave them kids alone!
All in all it's just another brick in the wall
All in all you're just another brick in the wall

We don't need no education
We don't need no thought control
No dark sarcasm in the classroom
Teachers leave them kids alone
Hey! Teacher! Leave us kids alone!
All in all you're just another brick in the wall
All in all you're just another brick in the wall

"Wrong, Do it again!"
"Wrong, Do it again!"
"If you don't eat yer meat, you can't have any
pudding. How can you
have any pudding if you don't eat yer meat?"

"You! Yes, you behind the bikesheds, stand still lady!"


Outro Tijolo No Muro (pt. 2)

Nós não precisamos de nenhuma educação
Nós não precisamos de nenhum controle de pensamento
Nenhum humor negro na sala de aula
Professores, deixem essas crianças em paz...
Ei, professores! Deixem essas crianças em paz!
Em suma, é apenas um outro tijolo no muro
No fim, você é apenas um outro tijolo no muro...

Nós não precisamos de nenhuma educação
Nós não precisamos de nenhum controle de pensamento
Nenhum humor negro na sala de aula
Professor, deixe essas crianças em paz
Ei! Professor! Deixe essas crianças em paz
Em suma, é apenas um outro tijolo no muro
Em suma, você é apenas um outro tijolo no muro

"Está errado, faça de novo!"
"Está errado, faça de novo!"
"Se você não comer carne,
Não vai ganhar nenhum pudim.
Como você pode ganhar pudim se não come carne? "
"Você! É, você mesmo atrás das bicicletas, parado mocinha!"

Avaliação: Prêmio ou Punição??




Vídeo interessante baseado na escola tradicional e o controle aversivo elaborado pelo Professor Gilberto Lacerda, para Mestrado de TIC´s na formação em Ensino á Distância.
A música de fundo do Pink Floyd, também tem a ver com o tema de Escola Tradicional.

Matéria referente a aula do dia: 11/03/2013 
Obs: Faltei nesse dia.
Fonte: CARMO, J. S. 2013 

Ensino Tradicional, Matemáticas e Controle Aversivo

Ao pensar na escola tradicional, pensamos na relação aluno e professor.
O professor, detentor do conhecimento, cabe a ensinar e o aluno busca o saber que ele ainda não possui através do professor.
O controle aversivo ocorre através da punição ou da ameaça de punição.

O aluno, portanto, irá sentir medo do agente punidor (professor) com respeito à autoridade e ao saber do mestre é substituído por reações emocionais negativas, como:
  • Reações fisiológicas desagradáveis;
  • Sonolência ou ausência da aula, mesmo estando de corpo presente;
  • Sentimentos de fracasso; baixa auto-estima;
  • Elaboração de auto-regras limitadoras;
  • Aumento do número de erros;
  • Desenvolvimento de um quadro chamado ansiedade matemática.
  • Timidez ou isolamento excessivo;
  • Abandono da escola;
  • Agressividade exacerbada;
  • Enfrentar o professor por meio de agressão verbal ou física;

O aluno aprende e reproduz o mesmo modelo de interação vivenciado na relação com o professor ou outros agentes punitivos.

As marcas emocionais mais encontrada com relação á matemática são:
Medo, pânico e ansiedade.

A Ansiedade Matemática é caracterizada por padrões comportamentais e emocionais diferentes daqueles que caracterizam as Dificuldades de Aprendizagem, como acalculia e discalculia.
Dentre elas:
  • Reações fisiológicas desagradáveis, como: taquicardia, Sudorese, Alterações na pressão arterial, Desconforto gástrico e intestinal, Alterações no sono;
  • Respostas de fuga e esquiva, como:  Ausências freqüentes às aulas, atrasos e saídas freqüentes de sala de aula, resolver rapidamente os exercícios e provas, recusar-se a participar das atividades, adiar os estudos e realização de atividades, priorizar outras atividades e disciplinas, “Desligar-se” em sala de aula, não fazer nada durante as aulas, desistir da disciplina/abandonar a escola, agredir, adoecer em momentos cruciais (provas; dever de casa etc);
  • Respostas encobertas: auto-regras e auto-atribuições negativas;
Matéria referente a aula do dia: 09/04/2013
Fonte: CARMO, J. S. 2013





domingo, 21 de abril de 2013

Ansiedade á matemática


Quem inventou a matemática? Para que serve? Porquê estudar a matemática?
Ela é uma ferramenta social?
No estudo da matemática escolar muitos estudantes não conseguem ir além da execução mecânica de exercícios. A matemática tem sido apontada como uma das disciplinas que mais geram aversão nos alunos que apresentam alto índice de retenção.
Pensar matematicamente é algo de difícil alcance em função de, pelo menos, dois fatores:
o modelo de ensino tradicional, a presença de professores inadequadamente formados que também tem dificuldades de pensar matematicamente.
As deficiências encontradas, são:
- entender os conceitos matemáticos;
- falta suporte metodológico para ensinar;
- conhecimento de como o aluno desenvolve conceitos matemáticos;

Matéria referente a aula do dia: 09/04/2013
 Fonte: CARMO, J. S. 2013




O que é número?

Aprendemos que número é uma representação de quantidade.

Exemplo: 3  -> três -> III
não necessariamente três = 3, para uma criança que esta aprendendo não é óbvio  a não ser que ela já tenha aprendido.
Por isso, número é uma rede de relações.

  • Evitar muitas ordens ou comandos ao mesmo tempo. Por exemplo: "Abra o livro de histórias na página 39, faça agora os exercícios 1, 2 e 3 no caderno, para ser entregue na quarta-feira".
  • Nomear monitores, colegas de classe que podem ajudar;
  • Dar dicas e atalhos mais fáceis, jeitos de fazer associações que ajudem a lembrar-se dos pontos da matéria (prompts);
  • Evite rotula-los, não tratar a pessoa pela condição dela;
  • Permitir o uso do gravador para determinados momentos da aula;
Matéria referente a aula do dia: 26/03/2013
Fonte: CARMO, J. S. 2013

Sugestões de atendimento

Deve-se desenvolver habilidades para que o aluno evite ter dificuldades:

  • Permitir o uso de calculadora e tabela de tabuada; auxílios imediatos afim de facilitar lembrar, exercitar memória;
  • Uso de caderno quadriculado. Ajuda a estimular a sequencia imediata, uso espacial;
  • Provas: elaborar questões claras e diretas;
  • Reduzir ao mínimo o número de questões. Fazer prova sozinho, sem limite de tempo e com um tutor para certificar se entendeu o que pede as questões;
  • Variar as atividades. Muitas vezes o aluno poderá fazer prova oralmente, desenvolvendo as expressões  mentalmente, e deitando para que alguém transcreva-as. Adaptar as atividades para que siga adiante com sucesso.
  • Moderar a quantidade de lição de casa. Passar exercícios repetitivos e cumulativos. Parece mecânico, mas a repetição para indivíduos com discalculia é fundamental, que de forma que aos poucos ele consiga aprender.
  • Incentivar a visualização do problema, com desenhos e depois internamente;
  • Prestar atenção no processo, os caminhos que a criança utiliza para chegar na solução. que tipo de pensamento ela usa para resolver um problema;
  • Faça aula "livre de erros", para esse aluno conhecer o sucesso;
Lembre que para uma criança com discalculia nada é óbvio como é para nós;

Matéria referente a aula do dia: 26/03/2013 
Fonte: CARMO, J. S. 2013 

Discalculia, como identificar?

Quando você observar uma lentidão extrema na velocidade de trabalho do aluno. Fique atento, pois ele não deve apresentar os mecanismos necessários para resolver os problemas simples como tabuada decoradas, sequências decoradas. Então qualquer que seja o transtorno manifestado, devemos olhar 3 aspectos importantes:

  • Frequência com que ocorre. Observar várias vezes;
  • Intensidade que aquela característica se manifesta;
  • Contexto em que aqueles comportamentos ocorrem; Também controlar até que ponto esses comportamentos ocorrem. 

Outros pontos importante para identificar um aluno com discalculia:
  • Problemas com orientação espacial: não sabe posicionar os números de uma operação na folha de papel, gasta muito espaço ou faz contas apertadas num cantinho da folha;
  • Dificuldade para lidar com operações (soma, subtração, multiplicação, divisão);
  • Dificuldade de memória de curto prazo (tabuadas formuladas);
  • Não automatiza informações - memória de trabalho, armazenar e buscar o que foi ensinado;
  • Dificuldade de memória de longo prazo (esquece o que é para fazer de lição);
  • Dificuldade em lidar com grande quantidade de informações de uma só vez;
  • Confusão de símbolos ( = + - : . < > )
  • Dificuldade para entender palavras usadas na discrição de operações matemáticas como "diferença", " soma", "total", "conjunto", "casa", "raiz quadrada";
  • Tendência a transcrever números e sinais erradamente, quando desenvolvendo um exercício como uma expressão, por exemplo. Isso é devido o seu problema de sequenciação.
Alguns problemas associados com a discalculia provém das dificuldades com processamento de linguagem e sequência, característica da dislexia.

A criança com discalculia pode ser capaz de entender conceitos matemáticos de um modo bem concreto, uma vez que o pensamento lógico esta intacílo, porém tem extrema dificuldade em trabalhar com números matemáticos, símbolos, formulas e enunciados.
Ela é capaz de compreender a matemática representada simbolicamente (3+2=5), mas é incapaz de resolver "Maria tem três balas e João tem duas, quantas balas eles tem no total?"

Matéria referente a aula do dia: 26/03/2013
Fonte: CARMO, J. S, 2013. 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Alguns exemplos de materiais para alunos com Discalculia

Este vídeo relatado em aula, esta em espanhol, mas é bastante interessante, pois traz alguns exemplos de materiais para atender as dificuldades em aprender matemática.

Meu filho não aprende matemática, pode ser Discalculia. Mas o que é isso?


Vídeo muito interessante do Saúde Ciência Hoje, explicando o que é Discalculia e qual o tratamento para essas crianças. Importante ressaltar que a discalculia aparece logo no começo do processo de aprendizagem.

Acalculia e Discalculia


Acalculia: Transtorno relacionado á aritmética, adquirido após lesão cerebral, quando as habilidades já estavam consolidadas e desenvolvidas. Caracteriza-se pela dificuldade em realizar operações aritméticas e sequência numérica.
Discalculia: Transtorno estrutural de maturação das habilidades aritméticas, caracterizada pelo excessivo número de erros. Dentro da discalculia temos 5 tipos:
  1. verbal: nomear quantidade, números e símbolos.
  2. léxica: dificuldade na leitura de símbolos matemáticos.
  3. gráfica: escrita de símbolos matemáticos.
  4. ideognóstica: realizar operações mentais.
  5. operacional: execução de cálculos e operações.
Matéria referente a aula do dia: 21/03/2013
Fonte: CARMO, J. S. 2013